As escalas de hemorragia intracerebral espontânea visam o entendimento fisiopatológico da doença, determinando a mortalidade e dependência funcional. Modelos matemáticos utilizando regressão logística identificam variáveis clínicas e tomográficas. A associação destas variáveis tornam-se ferramentas úteis nas unidades de emergência para uma compreensão global de um paciente portador de doença cerebrovascular.
Em 2001, Hemphill idealizou a escala "ICH Score" que associa variáveis clínicas e tomográficas. Esta escala apresenta acurácia na determinação da mortalidade como do bom prognóstico funcional. Foi a escala que apresentou o maior número de validações externas, inclusive no Brasil.
Por não respeitar territórios vasculares determinados e apresentar efeito expansivo, o AVCH ocasiona alterações cognitivas, diminuição do nível de consciência, além déficits motores, sensitivos, visuais, auditivos... A escala de coma de Glasgow avalia adequadamente o nível de consciência, mas não é capaz de identificar as alterações cognitivas como o NIHSS o faz. O déficit motor está associado a dependência funcional, portanto a lesão da via piramidal identificada em todo o seu trajeto por tractografia é uma variável a ser considerada nas escalas AVCH.
Por ser simples e de fácil aplicação o "ICH Score" é a escala mais utilizada, porém ainda não é uma unanimidade entre os especialistas das doenças cerebrovasculares.