No traumatismo cranioencefálico lesões secundárias
ocasionadas por hipóxia pioram a morbidade e mortalidade. Prevenir os vários tipos de hipóxia
(Siggaard Andersen) torna-se um desafio a beira do leito, necessitando
intervenções múltiplas e integradas tendo com principal objetivo a
neuroproteção.
Alterações clínicas que cursem com redução da pressão
arterial média ou aumento da pressão intracraniana e consequentemente redução da pressão de perfusão cerebral podem
ocasionar hipóxia. Pacientes com PPC < 60 mm Hg apresentam 50% de eventos de
hipóxia, pacientes com 60 < PPC < 70 mm Hg apresentam 25% de eventos de
hipóxia e pacientes com PPC > 70 mm Hg apresentam 10% de eventos de hipóxia.
Quadros clínicos como a síndrome da resposta
inflamatória sistêmica e sepse (hipóxia por shunt);
edema cerebral (hipóxia por disperfusão), crise convulsiva e hipertermia
(hipóxia hipermetabólica) também geram hipóxia cujo tratamento reside no tratamento da causa base.
Alterações no transporte de oxigênio seja pela baixa
oferta de O2, pela baixa quantidade de hemoglobina ou pelo desvio da
curva de dissociação da hemoglobina também geram hipóxia.
Portanto, monitorar a oxigenação tecidual cerebral é
de suma importância no paciente neurocrítico, pois o mesmo está vulnerável a estas
alterações que podem comprometer o prognóstico final.
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