segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ressonância Magnética Encéfalo na Hipertensão Intracraniana


Ressonância Magnética Encéfalo na Hipertensão Intracraniana

O nervo óptico representa filogeneticamente uma evaginação do encéfalo. No seu trajeto, o nervo óptico pode ser dividido em intraocular, intraorbital, canalicular e segmento intracraniano. O segmento intraocular origina-se de fibras cerca de 4 mm nasal ao pólo central ocular posterior. O segmento intraorbital mede aproximadamente 4-4,5 cm e apresenta trajeto tortuoso. Percorre um trajeto posteromedial do centro do cone muscular ao ápice orbital onde penetra o canal óptico.  O segmento canalicular apresenta um comprimento de 5 mm e diâmetro de 3-4 mm. Nos segmentos intraorbitais e canaliculares, o nervo óptico é revestido por uma bainha que representa a extensão do espaço subaracnóideo. Portanto, episódios de hipertensão intracraniana aumentam a pressão no espaço subaracnoideo e esta transmite-se a bainha do nervo óptico dilatando-a.


A Ressonância Magnética do Encéfalo (RNM) na sequência ponderada em T2 é útil para demonstrar a dilatação da bainha do nervo óptico. Porém mais fidedigno para estimar hipertensão intracraniana é a avaliação da espessura da bainha do nervo óptico. Valores acima 5,82 mm estão relacionados a uma probabilidade de 90% de hipertensão intracraniana.

Welling L.C. and cols.Noninvasive evaluation of intracranial hypertension. Is there a gold standard? 
Arq Bras Neurocir 31 (4): 224-30, 2012.

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