domingo, 23 de setembro de 2012

Princípios monitoração da pressão intracraniana



Transmissão da elevação da pressão intracraniana

A transmissão da elevação da pressão intracraniana (PIC) no crânio comporta-se de modo heterogêneo por diferentes motivos:

 A compartimentalização intracraniana em espaços a partir de invaginações do folheto interno da duramáter denominadas de tenda cerebelar, foice cerebral e cerebelar regionaliza a mensuração da pressão de modo que  a elevação da pressão será maior quanto mais próximo o dispositivo de aferição da pressão intracraniana esteja. Os deslocamentos de tecido encefálico denominados de herniações são os exemplos de bloqueio de transmissão pressórica entre o espaço supratentorial e infratentorial ( herniações na incisura da tenda cerebelar ) e entre o espaço infratentorial e o canal vertebral ( herniações no forâmen magno).

O epicentro do processo expansivo  faz com que espaços sobrejacentes (epidural, subdural, subaracnóideo, tecidual cerebral) em um mesmo compartimento apresentem valores diferentes PIC.  No espaço epidural, a duramáter pode retrair e prevenir a transmissão de pressão de um processo expansivo ao cérebro sobrejacente (Langfitt T.W. e Cols ,1964).

Portanto, nestas circustâncias o cérebro não transmite fidedignamente elevações da pressão intracraniana.


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