Transmissão da elevação da pressão
intracraniana
A transmissão da elevação da pressão intracraniana
(PIC) no crânio comporta-se de modo heterogêneo por diferentes motivos:
A
compartimentalização intracraniana em espaços a partir de invaginações do
folheto interno da duramáter denominadas de tenda cerebelar, foice cerebral e
cerebelar regionaliza a mensuração da pressão de modo que a elevação da pressão será maior quanto
mais próximo o dispositivo de aferição da pressão intracraniana esteja. Os
deslocamentos de tecido encefálico denominados de herniações são os exemplos de
bloqueio de transmissão pressórica entre o espaço supratentorial e
infratentorial ( herniações na incisura da tenda cerebelar ) e entre o espaço
infratentorial e o canal vertebral ( herniações no forâmen magno).
O epicentro do processo expansivo faz com que espaços sobrejacentes (epidural,
subdural, subaracnóideo, tecidual cerebral) em um mesmo compartimento
apresentem valores diferentes PIC.
No espaço epidural, a duramáter pode retrair e prevenir a transmissão de
pressão de um processo expansivo ao cérebro sobrejacente (Langfitt T.W. e Cols
,1964).
Portanto, nestas circustâncias o cérebro não
transmite fidedignamente elevações da pressão intracraniana.
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