quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mecanismos de Lesões no Traumatismo Cranioencefálico




No traumatismo cranioencefálico (TCE), a biomecânica é responsável por forças de impacto e impulso. A associação destas forças ocasionam vetores diversos e portanto lesões heterogêneas. Lesões de membrana celular implicam em deslocamentos iônicos com despolarização e alterações fisiológicas. Disfunção de receptores, eventos inflamatórios, ação de radicais livres, e mediadas pelo cálcio ocasionam hipertensão intracraniana (inchaço ou edema) e promovem morte celular.

As lesões podem ocasionar efeito focal ou difuso. As lesões focais devido aos deslocamentos de tecido encefálico (herniações) requerem tratamento neurocirúrgico regional. Lesões difusas requerem  monitoração multimodal e neuroproteção. Cirurgias para ampliar o continente (craniotomia descompressiva) não apresentaram bons resultados (medicina baseada em evidências) quando a lesão tomográfica classifica-se como Marshall III, apesar do seu papel estabelecido no Marshall IV.

A utilização de modelos prognósticos matemáticos no TCE associa  amostras heterogêneas com fisiopatologias diversas (IMPACT, CRASH) podendo inferir dados acerca de mortalidade e dependência funcional.

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