No traumatismo cranioencefálico (TCE), a biomecânica
é responsável por forças de impacto e impulso. A associação destas forças
ocasionam vetores diversos e portanto lesões heterogêneas. Lesões de membrana
celular implicam em deslocamentos iônicos com despolarização e alterações
fisiológicas. Disfunção de receptores, eventos inflamatórios, ação de radicais livres,
e mediadas pelo cálcio ocasionam hipertensão intracraniana (inchaço ou edema) e
promovem morte celular.
As lesões podem ocasionar efeito focal ou difuso. As
lesões focais devido aos deslocamentos de tecido encefálico (herniações)
requerem tratamento neurocirúrgico regional. Lesões difusas requerem monitoração multimodal e neuroproteção.
Cirurgias para ampliar o continente (craniotomia descompressiva) não
apresentaram bons resultados (medicina baseada em evidências) quando a lesão
tomográfica classifica-se como Marshall III, apesar do seu papel estabelecido no Marshall IV.
A utilização de modelos prognósticos matemáticos no
TCE associa amostras heterogêneas
com fisiopatologias diversas (IMPACT, CRASH) podendo inferir dados acerca de
mortalidade e dependência funcional.
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