domingo, 22 de julho de 2012

Hipotermia na Encefalopatia Anóxico-Isquêmica


Hipotermia na Encefalopatia Anóxico Isquêmica


A mortalidade para os pacientes admitidos em parada cardio-respiratória (PCR) e ressuscitados no pré-hospitalar é maior que 50% na maioria dos estudos. A parada cárdio-respiratória e a ressuscitação cárdio-pulmonar constituem as melhores evidências até o momento para utilização de hipotermia terapêutica.

A PCR envolve processos de isquemia cerebral global e reperfusão. Os pacientes que apresentam melhor prognóstico neurológico, após restauração de circulação espontânea, são aqueles que recuperam a consciência logo após as manobras de ressuscitação. Entretanto, não existem sinais clínicos evidentes para diferenciação dos pacientes que acordarão, daqueles que permanecerão em coma.

Em 2005 foi publicado uma metanálise incluindo três trabalhos randomizados ou quase randomizados em adultos que foram ressuscitados com sucesso após uma PCR extra-hospitalar e submetidos a hipotermia terapêutica dentro de 6h da admissão na emergência sendo o prognóstico comparado com o grupo controle normotérmico após 6 meses. Baseado nestes resultados, a American Heart Association e a Advanced Life Support Task Force of the International Liaison Committe on Resuscitation publicaram uma recomendação nível IIa: “ pacientes inconscientes após o retorno circulatório devido uma parada cardíaca extra-hospitalar devem ser resfriados a 32 - 34°C por 12-24 horas quando o ritmo inicial for uma fibrilação ventricular ”.

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