Hipotermia na Encefalopatia Anóxico Isquêmica
A
mortalidade para os pacientes admitidos em parada cardio-respiratória (PCR) e
ressuscitados no pré-hospitalar é maior que 50% na maioria dos estudos. A parada
cárdio-respiratória e a ressuscitação cárdio-pulmonar constituem as melhores
evidências até o momento para utilização de hipotermia terapêutica.
A
PCR envolve processos de isquemia cerebral global e reperfusão. Os pacientes
que apresentam melhor prognóstico neurológico, após restauração de circulação
espontânea, são aqueles que recuperam a consciência logo após as manobras de
ressuscitação. Entretanto, não existem sinais clínicos evidentes para
diferenciação dos pacientes que acordarão, daqueles que permanecerão em coma.
Em
2005 foi publicado uma metanálise incluindo três trabalhos randomizados ou
quase randomizados em adultos que foram ressuscitados com sucesso após uma PCR
extra-hospitalar e submetidos a hipotermia terapêutica dentro de 6h da admissão
na emergência sendo o prognóstico comparado com o grupo controle normotérmico
após 6 meses. Baseado nestes resultados, a American Heart Association e a
Advanced Life Support Task Force of the International Liaison Committe on
Resuscitation publicaram uma recomendação nível IIa: “ pacientes inconscientes
após o retorno circulatório devido uma parada cardíaca extra-hospitalar devem
ser resfriados a 32 - 34°C por 12-24 horas quando o ritmo inicial for
uma fibrilação ventricular ”.
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