domingo, 8 de junho de 2014

Relação Lactato/Piruvato elevada é sempre um marcador de isquemia?

Relação Lactato/Piruvato elevada é sempre um marcador de isquemia?


Marcelo de Lima Oliveira

O artigo recém publicado pelo grupo de pesquisa brasileiro da FMUSP entitulado: Cerebral Microdialysis in Traumatic Brain Injury and Subarachnoid Hemorrhage: State of the Art enfatiza o estudo do metabolismo cerebral através da ferramenta multimodal `a beira do leito, Microdiálise.

A técnica de microdiálise cerebral complementa a neuromonitoração multimodal, permite a detecção precoce dos biomarcadores do interstício cerebral, orienta a conduta terapêutica clínica e ou cirurgica, prediz o prognóstico na hemorragia subaracnoidea, no traumatismo cranioencefálico e no evento vascular isquêmico encefálico. Como toda modalidade de monitoração neurológica, a microdiálise evolui tanto em tecnologia quanto em aplicacão clínica. Dentre as interpretações desta ferramenta, encontra-se a análise da relação Lactato/ Piruvato, que avalia o estado redox celular.

 Daí surge a pergunta: a relação Lactato/Piruvato elevada é sempre um marcador de isquemia?

A resposta é não, pois esta relação pode estar elevada em decorrência da redução do Piruvato seja por disfunção do complexo piruvato dehidrogenase, aumento no metabolismo da glicose através da via das Pentoses (remoção de radicais livres, reconstituição celular) ou redução do metabolismo da glicose devido a utilização de outra fonte de energia (cetonas, lactato).   

Referência:

1. Cerebral Microdialysis in Traumatic Brain Injury and Subarachnoid Hemorrhage: State of the Art PUBMED






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