Pacientes vítimas de traumatismo raquimedular (TRM) apresentam as complicações respiratórias como principal causa de mortalidade (aspirações, atelectasia, pneumonia, falência ventilatória). Pacientes com lesões altas e completas, assim como de maior idade, apresentam uma maior chance de desenvolver estas complicações.
Neste contexto surge a questão: Quando reduzir os parâmetros ventilatórios e extubar um paciente tetraplégico?
Uma avaliação do padrão ventilatório baseado na fisiologia respiração poderá nos auxiliar nesta difícil conduta. A integridade da função respiratória é garantida através dos movimentos de inspiração (diafragma e musculatura acessória) e expiração (musculatura abdominal).
Pacientes com lesões cervicais abaixo de C5, apresentam comprometimento da função expiratória e comprometimento da tosse. Pacientes com lesões C3-C5, apresentam comprometimento da função inspiratória resultando em redução da capacidade vital. Pacientes com lesões acima C3 apresentam comprometimento da função inspiratória e expiratória e portanto incapazes de realizar a ventilação espontânea.
Portanto, os pacientes tetraplégicos com lesões abaixo de C3, pouco secretivos e sem pneumonia são candidatos a retirada progressiva da ventilação mecânica. Pacientes com lesões acima de C3, devem ser conduzidos a traqueostomia visto que a independência ventilatória é improvável.
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