domingo, 21 de abril de 2013

Papel da traqueostomia no paciente tetraplégico vítima traumatismo raquimedular


Pacientes vítimas de traumatismo raquimedular (TRM) apresentam as complicações respiratórias como principal causa de mortalidade (aspirações, atelectasia, pneumonia, falência ventilatória). Pacientes com lesões altas e completas, assim como de maior idade, apresentam uma maior chance de desenvolver estas complicações. 

Neste contexto surge a questão: Quando reduzir os parâmetros ventilatórios e extubar um paciente tetraplégico?



Uma avaliação do padrão ventilatório baseado na fisiologia respiração poderá nos auxiliar nesta difícil conduta. A integridade da função respiratória é garantida através dos movimentos de inspiração (diafragma e musculatura acessória) e expiração (musculatura abdominal).


Pacientes com lesões cervicais abaixo de C5, apresentam comprometimento da função expiratória e comprometimento da tosse. Pacientes com lesões C3-C5, apresentam comprometimento da função inspiratória resultando em redução da capacidade vital. Pacientes com lesões acima C3 apresentam comprometimento da função inspiratória e expiratória e portanto incapazes de realizar a ventilação espontânea.

Portanto, os pacientes tetraplégicos com lesões abaixo de C3, pouco secretivos e sem pneumonia são candidatos a retirada progressiva da ventilação mecânica. Pacientes com lesões acima de C3, devem ser conduzidos a traqueostomia visto que a independência ventilatória é improvável.

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