sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Princípios Oximetria Cerebral





O cérebro humano representa 2% do peso corporal, no entanto, recebe 20% do débito cardíaco, utiliza 20% do oxigênio corporal (em condições normais) e utiliza energia aeróbia quase que exclusiva. O transporte do oxigênio ocorre por difusão facilitada, sendo a pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2), o pressão parcial de oxigênio tecidual cerebral (PtiO2) e a pressão parcial de oxigênio disponível para o mitocôndria celular, respectivamente, 90 mm Hg, 20-40 mm Hg e 1 mm Hg. Para que o oxigênio alcance o mitocôndria celular três variáveis são fundamentais: o fluxo sanguíneo cerebral (FSC), o conteúdo arterial de oxigênio (CaO2) e a curva de dissociação da hemoglobina.

O FSC em condições normais é mantido aproximadamente 50ml/ 100g/ min mediante a preservação da autoregulação cerebral através do controle miogênico, metabólico e neurogênico. A pressão de perfusão cerebral (PPC) representa o gradiente de pressão através do leito vascular cerebral. É determinada pela diferença entre pressão arterial média (PAM) e pressão intracraniana (PIC). É uma das variáveis envolvidas na determinação do fluxo sanguíneo cerebral (FSC). 

O transporte de oxigênio é realizado do alvéolo pulmonar até o mitocôndria celular ligado a molécula de hemoglobina ou dissolvido no plasma, na sua maior parte da primeira maneira. Para que a molécula de oxigênio destaque-se da hemoglobina, faz-se necessário uma adequação da curva de dissociação da hemoglobina ( pH, pCO2, 2-3 DPG e temperatura).  



Portanto, estabelecer uma PPC otimizada, ou seja, aquela que determine um melhor FSC, associado a um CaO2  e curva de dissociação de hemoglobina facilitadores do transporte do oxigênio permitirão uma melhor oferta de oxigênio ao mitocôndria celular.

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