O conceito sobre o índice de reatividade pressórica
cerebrovascular (PRx) foi introduzido por Czosnyka e colaboradores
em 1997 baseado no princípio de que em vigência de elevações da pressão
arterial média (PAM) haveria uma vasoconstrição cerebral com redução do volume
sanguíneo cerebral e consequentemente da pressão intracraniana.
O índice de
reatividade pressórica cerebrovascular (PRx) reflete indiretamente a
autorregulação cerebral sendo utilizado para otimizar a pressão de perfusão
cerebral (PPC). O PRx reflete o tônus da musculatura lisa das artérias e
arteríolas cerebrais, às alterações da pressão transmural, fazendo parte de um
fenômeno fisiológico mais elaborado denominado autorregulação.
Lesões com
efeito expansivo alteram a pressão de perfusão cerebral (PPC) podendo
descompensar o mecanismo de autorregulação cerebral, responsável por manter um
fluxo sanguíneo cerebral (FSC) adequado, 50ml/ 100g/ minuto. Com a redução da
PPC há como medida de compensação uma vasodilatação para manter o FSC. Porém,
esta cascata vasodilatadora culmina com o aumento importante do volume
sanguíneo cerebral e colapso vascular por aumento da hipertensão intracraniana.
Observe nos gráficos acima que apesar da PIC está com níveis adequados e estáveis, a modificação da PPC ocasionada pela elevação da PAM promoveu uma melhora do Índice de Reatividade Cerebrovascular (PRx) ofertando uma melhor capacidade de vasoreatividade e consenquentemente menor chance de eventos de hipóxia.
Os avanços na neuromonitoração multiparamétrica permitirão uma análise a beira do
leito de conceitos considerados teóricos previamente.
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