domingo, 20 de maio de 2012

Otimizando a Pressão de Perfusão Cerebral à beira do Leito






O conceito sobre o índice de reatividade pressórica cerebrovascular (PRx) foi introduzido por Czosnyka e colaboradores em 1997 baseado no princípio de que em vigência de elevações da pressão arterial média (PAM) haveria uma vasoconstrição cerebral com redução do volume sanguíneo cerebral e consequentemente da pressão intracraniana. 

O índice de reatividade pressórica cerebrovascular (PRx) reflete indiretamente a autorregulação cerebral sendo utilizado para otimizar a pressão de perfusão cerebral (PPC). O PRx reflete o tônus da musculatura lisa das artérias e arteríolas cerebrais, às alterações da pressão transmural, fazendo parte de um fenômeno fisiológico mais elaborado denominado autorregulação. 

Lesões com efeito expansivo alteram a pressão de perfusão cerebral (PPC) podendo descompensar o mecanismo de autorregulação cerebral, responsável por manter um fluxo sanguíneo cerebral (FSC) adequado, 50ml/ 100g/ minuto. Com a redução da PPC há como medida de compensação uma vasodilatação para manter o FSC. Porém, esta cascata vasodilatadora culmina com o aumento importante do volume sanguíneo cerebral e colapso vascular por aumento da hipertensão intracraniana. 

Observe nos gráficos acima que apesar da PIC está com níveis adequados e estáveis, a modificação da PPC ocasionada pela elevação da PAM promoveu uma melhora do Índice de Reatividade Cerebrovascular (PRx) ofertando uma melhor capacidade de vasoreatividade e consenquentemente menor chance de eventos de hipóxia.

Os avanços na neuromonitoração multiparamétrica permitirão uma  análise a beira do leito de conceitos considerados teóricos previamente.

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