Estado de Coma com funções do tronco cerebral preservadas: Síndrome Apálica
FIGURA 01. Encefalopatia Anóxico Isquêmica grave com comprometimento cortical difuso bilateral e perda da diferenciação substância cinzenta e substância branca.
Estado de Coma refere-se a uma condição neurológica grave que é a ausência da consciência, ou seja a ausência do entendimento da percepção de si e do meio ambiente.
Os estados de coma neurológicos supratentoriais podem ter etiologia hemorrágica, isquêmica, neoplásica, infecciosa e/ou traumática. Neste tipo de coma, o comprometimento do tronco cerebral pode esta associado as herniações cranio-caudais e latero-laterais.
Em 1940, Kretschmer descreve uma síndrome neurológica associada a degeneração difusa do manto cortical que recobre o telencefalo (Pallium) após episódios de anóxia e encefalite. Ingvar em 1978, divulga na literatura médica o termo Síndrome Apálica para pacientes com ausência de função neocortical, porém com função de tronco cerebral preservada.
A denominação Síndrome Apálica teve pouca utilizacão na literatura de língua Inglesa. A literatura Francesa sugere para os mesmos pacientes o termo Coma Vígil. Já Jennet e Plum sugere o termo Estado Vegetativo Persistente. A vantagem da denominação Síndrome Apálica é o diagnóstico topográfico já estabelecido. Pacientes cuja localização do coma são outros porém preserva o ciclo sono vigília a terminlogia Coma Vígil ou Estado vegetativo Persistente seriam mais abrangentes.
Em geral, estes pacientes são confundidos com pacientes em morte encefálica devido a gravidade neurológica em que se encontram, porém devido a preservação dos reflexos do tronco cerebral não preenchem os critérios do protocolo de morte encefálica estabelecido pelo conselho Federal de Medicina.
Referências:
1. Survival after severe cerebral anoxia with destruction of the cerebral cortex: the apallic syndrome. PUBMED
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