Trombose Venosa Cerebral versus Anticoagulação
A trombose venosa cerebral representa apenas 0,5% dos eventos vasculares cerebrais, apresentando uma incidência anual de 5-10 casos por 1 milhão de habitantes. Aproximadamente 1/3 dos pacientes evoluem com hemorragia intracerebral, sendo esta uma hemorragia por aumento da pressão hidrostática retrogradamente a obstrução da drenagem venosa.
Diferentes aspectos trombose na tomografia do crânio sem contraste. (a) Hiperdensidade espontânea no seio transverso esquerdo. (b) Hiperdensidade espontânea no seio sagital superior.
Hemorragia intracerebral na trombose venosa cerebral, tomografia crânio sem contraste. (a) Hiperdensidade espontânea no seio transverso esquerdo. (b) Hematoma parietal esquerdo.
Neste contexto, surge o paradigma de heparinizar um paciente com trombose venosa cerebral associado a hemorragia intracraniana.
Apesar de sugerido a algum tempo, a anticoagulação apenas foi fortalecida e considerada uma intervenção segura após o surgimento de 02 estudos randomizados e controlados. Uma metanálise entre estes 02 estudos (79 pacientes) evidenciou que a anticoagulação esta associado com uma redução absoluta do risco de morte e dependência de 13%, apesar da ausência de diferença estastística. No entanto, nenhuma hemorragia intracerebral sintomática foi observada após a anticoagulação.
Semana retrasada tivemos um caso associado a hemorragia. Mantivemos a anticoagulação, paciente evoluiu bem e já está em uso de Marevan.
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