Craniectomia Descompressiva
O Infarto Maligno Artéria Cerebral Média apresenta uma mortalidade estimada em 80%. Desde 2000 três estudos europeus tem enfatizado a importância do tratamento cirurgico desta doença.
-Decimal Trial (França) 38 pacientes, seguimento 12 meses, critério inclusão idade 18-55 anos e < 24h sintomas. Conclusão: A craniectomia descompressiva melhora a sobrevivência em pacientes jovens, mas aumenta o número de pacientes com dependência moderada a grave.
-Destiny Trial (Alemanha) 32 pacientes, seguimento 12 meses, critério inclusão idade 18-60 anos e < 36h sintomas. Conclusão: A craniectomia descompressiva precoce diminui a mortalidade e aumenta o número de pacientes com prognóstico funcional favorável.
-Hamlet Trial (Holanda) 64 pacientes, seguimento 12 meses, critério inclusão idade 18-60 anos e < 45h sintomas. Conclusão: Craniectomia descompressiva realizada < 48h do ictus neurológico não melhora o pronóstico funcional comparado ao tratamento clínico.
Critérios de Exclusão: Dependência significante prévia ao evento vascular cerebral, importante transformação hemorrágica do AVCI, coagulopatia, estado neurológico grave (exemplo: pupilas fixas).
A decisão de realizar uma craniectomia descompressiva continua a ser considerada caso a caso. O melhor momento para realizar a cirurgia ainda permanece indefinido na literatura. A mortalidade em pacientes acima 50 anos de idade é quase o dobro daqueles inferiores a 50 anos.
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