A medida que uma massa cresce dentro do crânio, uma quantidade proporcional de líquor é retirada do crânio. Nesse período a pressão intracraniana não se eleva. Após a extrusão de todo o líquor do crânio deveríamos esperar uma curva linear entre a pressão intracraniana e o volume acrescido. Entretanto tal curva assume um traçado exponencial.
Podemos dividir a curva de Langfitt categoricamente em fases:
Fase 1 (Inicial): Nesta fase o processo expansivo intracraniano promove a extrusão proporcional de líquor sem que haja aumento da pressão intracraniana. Não há ativação da cascata vasodilatadora.
Fase 2 (Descompensação): Nesta fase praticamente não há mais líquor no compartimento intracraniano. O processo expansivo modifica a perfusão regional ocasionando acidose láctica, desencadeando a cascata vasodilatadora e aumentando o volume sanguíneo intracraniano.
Fase 3 (Exponencial): Nesta fase há um aumento exponencial do volume sanguíneo encefálico (VSE), certamente em virtude da cascata vasodilatadora. O VSE aumenta a pressão intracraniana até que esta se iguale `a PAM, tendendo o FSC a zero.
Fase 4 (Final): Fase de vasoplegia.
Joaquim, M.A.S; Patriota G.C.; Bianco, A.M. The Langfitt Curve. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, V.29, p. 53-57, 2010.
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