O neurointensivismo é uma das mais recentes e excitantes especialidades médicas. Surgiu a partir da década de 80 com a criação das unidades de pós operatório neurocirúrgicas e vem evoluindo desde então. Se pudessemos traduzir a filosofia desta nova especialidade,diríamos: "monitoração multimodal e prevenção da lesão secundária".
domingo, 4 de março de 2012
Hipertensão Intracraniana Refratária: Critérios Diagnósticos e Terapêuticos
A hipertensão intracraniana refratária a medidas de primeiro nível do Brain Trauma Foundation representa um desafio terapêutico e racional. A heterogeneidade de lesões, diferentes valores de complascência cerebral, variação na duração da refratariedade para intervenções de segundo nível
como a craniectomia descompressiva são vieses que dificultam a medicina baseada em evidências (DECRA, RESCUEicp).
Fluxo sanguíneo encefálico (FSE) abaixo 20 ml/ 100g tecido cerebral/ min ocasiona um metabolismo anaeróbico podendo ou não gerar disfunção cerebral. Níveis de FSE abaixo de 10ml/ 100g tecido cerebral/ min a lesão cerebral é irreversível.
Analogamente ao evento vascular isquêmico encefálico períodos longos (>3h) de hipertensão intracraniana com baixo fluxo sanguíneo encefálico pode ocasionar um tecido necrótico (infarto).
Portanto, medidas segundo nível como (barbitúricos, hipotermia e craniectomia descompressiva) necessitam serem cogitadas precocemente afim de prevenir lesões secundárias.
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