O Departamento de Trauma e Terapia Intensiva da
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia - SBN; Departamento de Neurointensivismo da
SBN e Comitê Executivo da Associação NeuroTraumaBrasil em reunião
extraordinária realizada durante o segundo Simpósio Internacional NTB/SBN de
Atualização em Neurotraumatologia e Neuromonitoração, realizado entre 01 a 03
maio de 2014, em Araxá – MG, manifestam-se em sua missão de melhor zelar pelo
bem estar de seus pacientes e em resposta ao parecer do Ministério da
Saúde/CONITEC a respeito da implementação de tecnologia para monitoração da pressão
intracraniana em pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave:
Estavam presentes:
Prof Dr Sebastião
Gusmão Presidente da SBN, Professor
Titular Neurocirurgia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
Prof Dr José
Carlos Veiga Secretário Geral da SBN
, chefe da Neurocirurgia Santa Casa São Paulo, Professor Titular Livre Docente
da Santa Casa de São Paulo.
Dr Rodrigo
Faleiro Coordenador Departamento de
Trauma SBN e chefe Serviço de Neurocirurgia do Hospital João XXIII BH, Membro
coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Gustavo
Cartaxo Patriota Coordenador Departamento
Neurointensivismo SBN, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Marcelo
Chioato Secretário do Departamento
de neurointensivismo SBN, Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital das
Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Robson
Amorim Coordenador do Ambulatório de
Neurotrauma do HC-FMUSP SP, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Ítalo
Suriano Coordenador do Pronto
Socorro de Neurocirurgia da UNIFESP SP, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Prof Dr Nelson
Saade Coordenador do Pronto Socorro
de Neurocirurgia da Santa Casa SP, Professor Doutor da Universidade de Ciências
Médicas de São Paulo, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Ângelo
Masset, Coordenador da
Neuroemergência do Hospital da Fundação da Faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil.
Dr Carlos
Vinícios Motta Melo, Chefe do
Serviço de Neurocirurgia e Neuroemergência do Hospital Dr. José Frota Fortaleza
CE, Membro coordenador NeuroTraumaBrasil
Dr Ruy Monteiro , Chefe do serviço de Neurocirurgia do Hospital
Municipal Miguel Couto RJ, Coordenador Executivo da secretaria municipal de
Saúde do Rio de Janeiro para
assistência Neurocirúrgica nos Hospitais de urgência e emergência municipal da
cidade do Rio de Janeiro, Diretor presidente do NeuroTraumaBrasil.
Os trabalhos que justificaram o parecer da CONITEC
apresentaram falhas éticas e metodológicas importantes, que vem sendo
mundialmente apontadas por diversos expertes em neurotraumatologia e se
prestaram apenas para uma realidade médica local na Bolívia e Equador, segundo
as publicações anexas. A neurotraumatologia de vanguarda mundial apresenta melhores
resultados baseados na prevenção e otimização terapêutica das lesões cerebrais
secundárias, mais importante fator de morbiletalidade nestes pacientes com
lesão cerebral grave, através da neuromonitoração, dentre elas a monitoração da
pressão intracraniana.
Segundo a Brain Trauma Foundation e o Consórcio
Europeu de Trauma Craniano – EBIC, a metodologia de monitoração da pressão
intracraniana é recomendada em seus guidelines
desde 1995 e seguidas pela associação Médica Brasileira - AMB e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
desde 2001 na publicação do projeto diretrizes para o TCE que passou a guiar a
conduta considerada de excelência em todo o território nacional.
Portanto, segundo
este comitê a monitoração da pressão intracraniana é uma metodologia eficaz e
segura, devendo ser mantida como tecnologia acessível aos pacientes usuarios do
SUS. Convem resaltar que esta metodologia tem sido contemplado há mais de 20
anos pela tabela SUS: Trepanação craniana para propedêutica neurocirurgica com
implante para monitoração da pic (040301034/9).
Esta metodologia apresenta
ampla aplicação baseada na fisiopatologia da hipertensão intracraniana dos
pacientes neurocríticos.
Este comite
recomenda, que sejam não só mantidas, bem como permitidos o acesso aos
pacientes do SUS de tecnologias mais atuais de monitoração da PIC, como microsensores
e/ou sistemas de fibra óptica.
Referências:
Chesnut RM,
Petroni G, Rondina C. Intracranial pressure monitoring in traumatic brain injury.N
Engl J Med.2013 May 2; 368(18): 1751-2. PUBMED
Guidelines for the
management of severe traumatic brain injury. VI. Indications for intracranial
pressure monitoring. J Neurotrauma 2007; 24 Suppl 1: S37-44. PUBMED
Traumatismo Cranioencefálico Grave - Projeto Diretrizes / AMB LINK
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